quarta-feira, 9 de outubro de 2013

NA ARRÁBIDA, Á GRUTA DOS MORCEGOS, no outro lado da Serra do Risco

Dia outonal que mais parece um dia de verão. Sem vento ou chuva. O sol brilha com o termómetro a rondar os 30º. Mochila ás costas a caminhar nesta aventura sózinho. Mais ninguém se cruzou comigo. Paisagens belas, e no meio dos arbustos a sombra sabia bem  e de que maneira. Passando o vale entre a Arrábida e a Serra do Risco, nos meios verdejantes abundavam as aves olhando o intruso do humano que por ali caminhava. Próximo da Serra do Risco os arbustos cruzam-se no meio tornando mais difícil  a progressão. O ribeiro se aproxima, e entre as pedras, se escolhe a melhor para colocar os pés e não escorregar. Alguns metros mais á frente, avista-se o mar calmo, mais ao fundo. Chegado ás grutas, de pasmo fiquei, com a paisagem deslumbrante. A Serra do Risco "cortada" a meio no ponto mais alto pela natureza. Olhando para baixo avista-se o fundo do mar, em areia, e os cardumes de peixes por ali passeando. Morcegos ausentes, talvez por ser fora de época. Perigoso o local, talvez não sendo aconselhável em dia de vento e com chuva, garantidamente. Mas ali, observando em redor, percebemos que fazemos parte de um todo, como as pedras, os pássaros, o mar, os peixes e o ar que ali respiramos. Ali, e estando só, e tão distante, e longe de tudo percebemos o quanto fazemos parte integrante de um sistema como habitante  da Terra, complementando outros seres convivendo connosco. E embora seja um local perigoso, sempre se conseguem contornar os obstáculos mais difíceis. Foram percorridos 17 km  a pé e tão apreciado que numa outra oportunidade lá voltarei.